Enterprise Mobility Management (EMM): Como Realizar a Gestão Total da Mobilidade Corporativa

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Enterprise Mobility Management

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Para entender Enterprise Mobility Management (EMM), vamos olhar um caso específico. Marcos é um gestor de telecomunicações para uma empresa com uma equipe de 100 vendedores, comercializando rolamentos para revendas em todo o Brasil.

Com a entrada e popularização de celulares, Marcos trouxe os dispositivos para o campo. Dessa forma, ele habilitou os vendedores a se comunicar rapidamente com a empresa de qualquer lugar, e também se comunicar com as revendas. Além disso, os vendedores começaram a usar aplicativos que permitiam conferir estoques de peças em tempo real, disparar pedidos para as revendas ou apenas gerenciar sua agenda e contatos.

Não parou aí: smartphones foram acompanhados de tablets e laptops, e não somente em vendas. Por exemplo, logística da empresa usa estes dispositivos para agilizar seus processos internos, fazer saída de produtos e controlar notas fiscais de entrada e saída.

E os smartphones ficaram tão acessíveis que vendedores tinham dispositivos tão bons quanto os oferecidos pela empresa, e eles queriam usá-los no trabalho. Sendo assim, a idéia de Enterprise Mobility Management parece uma expressão muito útil neste ponto, não? Vamos defini-la, para você entender o porquê.

O que é Enterprise Mobility Management?

A primeira metodologia criada para resolver o problema da explosão de dispositivos móveis nas empresas foi o MDM (Mobile Device Management). Primeiramente, o foco é o dispositivo, gerenciado remotamente por meio de uma plataforma centralizada. O inventário de todos os dispositivos era feito, sua ativação remota realizada e a segurança garantida por ações disparadas via plataforma de MDM. O foco deste artigo não é MDM, mas se você quiser se aprofundar escrevemos um texto sobre o assunto aqui no blog.

Eventualmente, gerenciar os dispositivos via MDM não foi mais suficiente. Mesmo com todo o controle, políticas e gestão centralizada de inventário, novos pontos de atenção ganharam importância. Estes pontos de atenção tocam itens como gestão de perfis corporativos, de aplicativos e de conteúdo. Eles tem como o dispositivo seu ponto de ativação, mas que são bem mais que um smartphone ou tablet.

Então, Enterprise Mobility Management é o conjunto de atividades dedicadas a gerenciar a mobilidade da empresa, incluindo mas não somente o dispositivo, via MDM. Esta mobilidade inclui mais recentemente até a gestão de dispositivos de Internet das Coisas (IoT), mas vamos focar na gestão de telecomunicações.

Como surgiu o Enterprise Mobility Management?

De modo geral, o EMM surgiu a partir do conceito de BYOD. Ou seja, ao invés de restringir o uso de dispositivos próprios na empresa, várias organizações, optaram por políticas flexíveis, que permitiam o uso de celulares, mas sob o controle de TI. Com isso, surgia a necessidade de uma solução que fosse capaz de cobrir possíveis falhas com o acesso de dispositivos pessoais aos dados corporativos.

Em outras palavras o Enterprise Mobility Management surgiu da necessidade de ampliar a mobilidade no mundo corporativo visando elevar a flexibilidade na comunicação, mas de forma segura. Por meio do EMM é possível gerenciar não apenas o setor de Telecom, mas as aplicações e ativos de TI, assim como toda a política que envolve os recursos de telecomunicação dentro de uma empresa, se tornando um grande aliado estratégico para uma gestão mais eficiente dos ativos móveis corporativos.

Quais são seus componentes?

Existem vários componentes bem como tecnologias que são utilizadas no EMM, e que estão sempre evoluindo. Abaixo, listamos os elementos mais comuns de um sistema de EMM. São eles:

MIM – Mobile Identity Management

O acesso aos dispositivos móveis e o acesso dos dispositivos móveis são o foco do MIM. Ao atribuirmos um dispositivo a um usuário, esta atribuição é controlada por logins, certificados, assinaturas eletrônicas (como biometria, PIN, etc.) e outros. Ou seja, dentro do EMM, o MIM tem como missão garantir que somente usuários autorizados utilizem os recursos designados por nível ou ownership, gerando também perfis que podem ser aplicados no acesso a apps e informação.

MCM – Mobile Content Management

Como o nome diz, MCM gerencia o conteúdo que circula dentro dos dispositivos móveis corporativos. Dentro do EMM, ele determina quatro importantes funções, de acordo com o Gartner:

  • Segurança do conteúdo
  • Acesso ao conteúdo
  • Gerenciamento de conteúdo
  • Proteção no nível de arquivos

Estes basicamente garantem que todo conteúdo seja distribuído de acordo com papel/função/perfil, dentro de regras de criptografia que protegem a transferência deste conteúdo, a integridade dos arquivos e o que pode ser feito com eles. MCM não se restringe a comunicação entre dois dispositivos, ou uma central e um dispositivo. Vários endpoints podem acessar os mesmos conteúdos de uma mesmo hub, e a depender das permissões, podem alterar, eliminar ou adicionar conteúdos a este hub.

MAM – Mobile Application Management

Aplicativos são a maior parte do valor agregado da mobilidade. Porém, o desafio é conciliar necessidades de aplicativos diferentes de uma forma massificada. Por exemplo, diretores comerciais podem necessitar de aplicativos diferentes de gerentes comerciais, e estes necessitam de aplicativos diferentes de gerentes de RH. No EMM, o Mobile Application Management é responsável por definir esta matriz necessidade x perfil x aplicativo. Primeiramente, a organização define estes acessos, e o portfolio de aplicativos adequado a cada perfil.

Mas além disso, MAM define o gerenciamento granularizado de aplicativos, incluindo a remoção e adição remotos, sem necessidade de alterar o conjunto e aplicativos ou configurações do dispositivo. Dentro do BYOD (Bring Your Own Device, do qual falamos aqui), o MAM ganha importância ampliada, de maneira a criar um ecossistema corporativo dentro de qualquer dispositivo, incluindo aqueles pertencentes aos colaboradores. Esse gerenciamento reduz o estresse operacional e aumenta a produtividade.

Onde as despesas se encaixam?

Consultorias como o Gartner inserem no EMM o conceito de MEM – Mobile Expense Management, a gestão das despesas de mobilidade. Primeiramente, é válida a inserção deste elemento dentro do EMM, mas se olharmos o Telecom Expense Management, a gestão de despesas é coberta mais amplamente neste metodologia. No TEM, há a visão das despesas geradas por BYOD, por exemplo. É possível enxergar quanto a empresa deve ressarcir o colaborador por uso corporativo, a medição e visualização das informações.

E ao inserirmos esta gestão de despesas dentro do guarda-chuva maior, temos uma posição por operadoras, que não raramente são responsáveis por fornecer não só serviços de mobilidade, mas fixos e dados. Obviamente, esta distinção não deve entrar no caminho dos seus planos de EMM, mas há de se considerar a multiplicação dos ganhos de uma gestão completa. Falamos sobre estas e outras vantagens de TEM aqui neste artigo.

Vantagens de um programa de EMM

Já estabelecemos que o EMM traz um conforto maior para gestores que somente a gestão focada no dispositivo (MDM). Por mais que o poder de gerenciar smartphones corporativos remotamente seja uma enorme vantagem competitiva, algumas vantagens só são atingidas com controles mais refinados. Um dos benefícios que a empresa pode ter com implantação do EMM está na preservação de recursos.

Os custos operacionais relacionados a alterações “device-wide”, ou seja, em todo o dispositivo são significativos. Não raramente, o usuário não consegue sozinho restaurar um telefone para ajustar definições de aplicativos ou segurança. Enquanto isso, no EMM a gestão de apps é refinada o suficiente para alterar somente o necessário, seja um aplicativo a ser deletado ou uma mudança na cesta de apps corporativos.

Redução de esforço corporativo

A redução de esforços corporativos é outra vantagem que o EMM traz para as empresas e que merece destaque. Até pelas razões listadas acima, para os gestores e analistas responsáveis a implantação de EMM tira uma enorme carga operacional de suas costas.

Alterar configurações em massa, de acordo com perfil, transforma converter o conteúdo de centenas de dispositivos com um clique. E não se trata apenas disso. A parametrização por papéis reduz a chance de erro humano na aplicação. Com a interligação de cadastros e recursos, uma mudança de RH é refletida automaticamente em EMM. Como resultado, há um maior índice de produtividade, menos chances de falhas, o que se traduz em melhores resultados para a corporação.

Mais economia e segurança

Movimentar fisicamente dispositivos para alterar configurações é uma despesa significativa, abatida quase que completamente pelo DNA remoto do EMM. A redução indireta de custos de pessoal (exemplificada acima) também é significativa, e a redução de perdas geradas por vazamento de informações é um dos maiores benefícios deste gerenciamento.

Além disso, o Mobile Identity Management garante níveis de acesso determinados por logins e estes por perfil. Isso assegura que qualquer objeto acessado dentro do ambiente virtual corporativo tenha por trás a autorização necessária para tanto. Essa garantia, portanto, permite às empresas compartilhar mais abertamente informações necessárias para o melhor desempenhos das equipes em qualquer lugar onde estas estejam. Como resultado, maior produtividade sem riscos torna-se um dos maiores benefícios de EMM.

MDM e EMM – Qual a diferença?

Muitas vezes é comum as pessoas confundirem soluções de MDM e EMM, acreditando se tratar da mesma coisa, quando na verdade cada um segue um modelo de funcionamento diferente. NO EMM é feita a gestão total dos dispositivos móveis, enquanto que no MDM esse gerenciamento é aplicado apenas em recursos específicos do dispositivo.

Ou seja, no EMM, a gestão é feita em conformidade com a segurança e política, assim como há a personalização de apps e integração a serviços de diretório de rede corporativa. Enquanto isso, no MDM, faz a gestão de dispositivos móveis através de perfis instalados em cada dispositivo.

NO EMM há uma abordagem mais holística quanto a gestão da mobilidade, o que não acontece com a implementação do MDM. Por isso, que muitas empresas estão mudando suas estratégias e trocando o MDM por EMM.

Pronto para repensar a gestão de mobilidade na sua empresa?

Este artigo trouxe muita informação para você, mas certamente trouxe muitas perguntas também. Traga suas dúvidas para a gente, vamos conversar sobre o que significa EMM para sua empresa. Queremos lhe ouvir e colocar nossa experiência no assunto para seu benefício.

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