Este artigo poderia ter uma frase só: Executivos C Level é o “chefe”. Mas obviamente você veio aqui procurando mais do que isso, até mesmo porque um C Level é bem mais que só o “chefe” na gestão de uma empresa.

Primeiramente, o(s) cargo(s) C Level fazem parte da estratégia da empresa em um nível mais alto, olhando o presente mas planejando para o futuro. Porém, isso não quer dizer que eles não estão presentes na operação, muito pelo contrário!

Acompanhe esse artigo até o final e saiba mais detalhes sobre a definição de C Level, as posições que executivos C level ocupam dentro das empresas, quais são as habilidades desejadas de profissionais que ocupam cargos C level e muito mais sobre o assunto. Confira!

C Level: o que é?

C Level é a designação para executivos superiores de hierarquia mais alta nas empresas. O C vem de “chief” (chefe). Em paralelo, o conjunto de cargos C Level nas empresas é definido como C Suite. Estes cargos têm a atribuição de liderar a empresa e garantir que toda sua operação ocorra eficientemente.

Sendo assim, são Executivos C Level ocupam as posições mais altas das empresas e departamentos, ao menos no nível operacional (algumas empresas possuem a posição de presidente do conselho). Portanto, são os cargos de onde vem a liderança, a visão de longo prazo e as grandes decisões estratégicas, as que mudam os rumos da organização. 

Contudo, vale lembrar que não é uma posição exclusivamente estratégica: em empresas como startups, os cargos de C Suite são bem mais envolvidos com a operação. Independente do tamanho da empresa, Executivos C Levels são responsáveis pela visão e por serem a face pública das empresas. Sendo assim, é bem comum ver estes executivos em entrevistas, congressos e em outros canais de destaque em seus mercados.

V-D-B: quem responde ao C Level

Parece uma sopa de letras incompreensível, porém os termos V Level, D Level e B Level referem-se aos cargos de liderança abaixo da C Suite. 

Desta forma, estas definições são importantes para a hierarquia, mas estes cargos também oferecem o fluxo de informações necessário de baixo para cima (dia-a-dia da operação) e de cima para baixo (traduzir objetivos macro em projetos, rotinas e processos). Veja abaixo quais são os profissionais que ocupam cada um destes cargos:

• V Level: vice-presidentes (VP) e Vice-Presidentes Sênior (SVP), logo abaixo de C Level, geralmente cargos designados em empresas maiores para cuidar de divisões dentro do departamento/empresa.

• D Level: Diretoria, reportando a C Level ou o V Level, já dentro das segmentações do guarda-chuva de departamento. 

• B Level: Gerentes da organização, reportando para Diretores. Estes estão diretamente envolvidos com a operação e são o principal canal entre alta hierarquia e colaboradores. 

Principais posições de Executivos C Level

De modo geral, executivos C Level podem ocupar diferentes posições dentro da gestão empresarial. Abaixo, separamos algumas das principais posições que estes profissionais podem ocupar. Veja:

1. Chief Executive Officer – CEO

Posição mais alta da empresa, aquela à qual todas as outras da empresa reportam. Sua função é olhar a organização por completo, orquestrando pessoas, recursos e orçamentos para atingir os objetivos de crescimento da empresa. Sendo assim, esta é a posição que tem a decisão final em qualquer estratégia que tenha impacto direto no resultado corporativo.

2. Chief Operating Officer – COO

O COO é o segundo cargo em comando na C Suite. Ele é o responsável pela execução das estratégias, conforme determinadas pelo CEO. Este profissional realiza um acompanhamento regular e eficiente do negócio, reportando ao diretor executivo todas as operações da empresa, bem como executando os planos de negócio da organização seguindo o modelo de negocio traçado previamente.

Basicamente, sua diferença para o CEO é que, enquanto este se preocupa em criar metas para empresa, o COO se encarrega de trabalhar e implementar estratégias para alcança-las.

3. Chief Financial Officer – CFO

Função responsável por centralizar e gerenciar todos os departamentos relacionados a contabilidade e finanças. Suas responsabilidades incluem elaborar, executar e controlar os orçamentos da empresa, financiando suas iniciativas e garantindo a saúde financeira da empresa. Além disso, é desta função também o papel de monitorar a responsabilidade financeira e fiscal da empresa no compliance, a protegendo contra fraude. 

4. Chief Marketing Officer – CMO

No C Level, a posição de CMO é responsável por gerenciar a marca da empresa, seus produtos e serviços. Sendo assim, sob sua responsabilidade estão campanhas de comunicação, gerenciamento de portfolio, controle de ROI (return on investment) das atividades de marketing, pesquisa de mercado e outros. 

Chief Human Resources Officer – CHRO

A principal responsabilidade deste cargo pode ser definida em gerenciar toda atividade que atraia, gerencie e retenha talentos dentro da empresa, em todos os níveis. Seu papel também é importante para manter a força de trabalho capacitada, por meio de treinamentos e garantir que todos os colaboradores sigam os códigos de ética e políticas corporativas.

Chief Information Officer (CIO)

Responsável por toda a gestão de infraestrutura de TI na empresa , a posição de CIO garante que hardware e software trabalhem de maneira eficiente pelos objetivos da empresa. Algumas empresas possuem o papel de CTO (Chief Technology Officer), e neste caso o CIO dedica-se à infraestrutura e o CTO à inovação tecnológica. 

Outros cargos C Level 

Cada empresa possui cargos desta natureza em áreas diferentes, de acordo com suas áreas de negócio, cultura corporativa e/ou setor de atuação. Alguns incluem Chief Innovation Officer (CINO), Chief Knowledge Officer (CKO), Chief Data Officer (CDO) e até funções motivadas por preocupações recentes, como o Chief Green Officer (CGO).

Trabalho em equipe: o C Level “sinfônico”

O trabalho de forma harmoniosa entre membros da C Suite parece um conceito óbvio, mas tornou-se ainda mais urgente nos últimos tempos. Primeiramente, vale lembrar que na evolução da posição de C Level, começamos com o CEO sozinho, distribuindo orientações e tomando as decisões importantes sozinho. 

Porém, com a evolução da administração, a figura dos outros membros de C Level tornou-se um passo seguinte natural, para distribuir decisões e melhorar o fluxo de informações e o foco corporativo. 

Ainda assim, em muitas empresas hoje ainda achamos a figura dos C Levels isolados, trabalhando em silos. Em 2018, a Deloitte publicou um relatório de pesquisa, identificando que mais de 50% dos colaboradores entrevistados valorizam altamente o trabalho em conjunto da C Suite. Porém, ao mesmo tempo, mais de 70% dos entrevistados disseram que estes executivos não trabalham em harmonia em suas empresas. 

Daí a idéia criada pela consultoria do C Level sinfônico, o líder que deve estar atento a principalmente estimular a cooperação entre departamentos, em projetos que cruzem “feudos” da empresa e ofereçam resultados e eficiência maiores, com impacto direto no crescimento da empresa. Ou seja, a chave para um CxO sinfônico é estimular a colaboração além de suas fronteiras, entre departamentos e pessoas. Dessa forma, a inovação em processos e modelos de negócio é acelerada.  

Habilidades desejadas de um C Level

No C Level, há uma expectativa que seus executivos tenham conhecimento e habilidades à altura da liderança de por vezes milhares de cargos e budgets de por vezes na casa dos milhões. 

Antes de mais nada, estar no C Level não implica ter todas as qualidades e habilidades corporativas possíveis. Sendo assim, é necessário saber encontrar as pessoas certas que complementam e adicionam às suas habilidades, estimulando que estes façam o mesmo abaixo deles e enriquecendo a cesta de talentos da empresa. Portanto, vamos listar algumas das habilidades mais desejadas na C Suite:

• Liderança: talvez a mais importante. É necessário saber inspirar e gerir pessoas a recursos  (usar link de gestão de projetos).
• Mentalidade estratégica: é do C Level que as decisões de estratégia vem, que serão transformadas em projetos e processos.
• Especialidade em sua área.
• Pensamento crítico e tomada de decisões, especialmente de forma ágil e reagindo a mudanças no ambiente onde departamento e empresa estão inseridos com rapidez.
• Gestão de equipes (usar link do artigo de gestão de equipes) e gestão de conflitos: é preciso saber administrar pessoas e os atritos que acontecem dentro do departamento e com outros executivos da C Suite.  

Carreira: como chegar lá?

Três pontos são fundamentais no caminho para chegar à C Suite. Antes de mais nada, nada é garantido: não é uma trajetória fácil e a quantidade de postos no topo é reduzida. Porém, ao seguir este pequeno planejamento no mínimo você se colocará em uma posição de carreira favorável para voos mais altos. 

Educação

Educação formal é o mínimo esperado de um C Level. Obviamente, conhecimento agrega demais em qualquer função, mas o investimento em formalização (MBA, pós-graduação) é um diferencial neste caminho. 

Sabemos que existem muitos CEOs ou executivos C Level que são “self made” e esperamos que você seja um desses, mas estes casos são ainda mais raros na C Suite e portanto a educação formal vai ser sim um diferencial para a maioria daqueles que tem esta ambição.

Trabalho 

Esta parte se divide em duas. Primeiramente, a mais óbvia é construir uma experiência relevante ao longo dos anos. Executivos C Level possuem não somente o tempo, mas a variedade e qualidade de experiência, conquistando promoções, novas responsabilidades e construindo confiabilidade de maneira constante e sólida. 

Em segundo lugar, esta é a parte importante para qualquer plano profissional que você tenha na vida: mantenha um registro das suas conquistas, em descrição e números. Desenvolva conversas com seus superiores que permitam identificar o que é esperado de você, e defina quais números vão contar a história não só do seu esforço mas do seu sucesso. 

Perfil Profissional

Não basta a formação e a experiência, se você não souber elevar seu perfil. Primeiramente, não é necessário ter um perfil de marketing, mas se você tem conhecimento e experiência, coloque-os em uso para expor seu valor para mais pessoas e construa uma reputação.

Portanto, muitos profissionais usam dispositivos simples para isso: um blog pessoal onde você compartilha sua experiência na área. Ou então criar / liderar grupos de profissionais em redes sociais como o LinkedIn, ou oferecer contribuição em eventos e webinars. 

Os mais ambiciosos podem querer arriscar escrever guias, livros ou desenvolver canais no YouTube. Dessa forma, tudo que expõe seu nome como especialista ajuda.

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